21 Dec

o evangelho do reino

1. O Sermão da Montanha

As Bem-aventuranças (Mt 5:3-12)

O sal e a luz (Mt 5:13-16)

A lei (Mt 5:17-20)

A ira (Mt 5:21-26)

O adultério (Mt 5:27-30)

O divórcio (Mt 5:31-32)

Os votos (Mt 5:33-37)

Olho por olho (Mt 5:38-42)

Ama teus inimigos (Mt 5:43-48)

Instruções sobre doar (Mt 6:1-4)

A oração (Mt 6:5-8)

2. As parábolas do Senhor Jesus

A parábola do semeador (Mt 13:1-9)

A parábola do joio (Mt 13:24-30)

A parábola do grão de mostarda (Mt 13:31-32)

A parábola do fermento (Mt 13:33)

A parábola do joio explicada (Mt 13:36-43)

A parábola do tesouro (Mt 13:44)

A parábola da pérola (Mt 13:45-46)

A parábola da rede (Mt 13:47-50)

3. Os mandamentos

Mateus 22:37-39 Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.

Vamos primeiro examinar cada parte do “Sermão da Montanha”. Com o que se relaciona tudo isso? Pode-se dizer com certeza que tudo isso é mais elevado, mais concreto e mais próximo da vida das pessoas do que os regulamentos da Era da Lei. Para falar em termos modernos, são mais relevantes para a prática atual das pessoas.

Vamos ler o conteúdo específico das seguintes partes: como você deve entender as bem-aventuranças? O que você deve saber sobre a lei? Como a raiva deve ser definida? Como devem ser tratados os adúlteros? O que é dito, e que tipo de regras existem sobre o divórcio, e quem pode e quem não pode se divorciar? E o que dizer dos votos, olho por olho, amar seus inimigos, instruções sobre dar? E assim por diante. Todas essas coisas têm a ver com cada aspecto da prática da crença da humanidade em Deus e do seu seguir a Deus. Algumas dessas práticas são aplicáveis até hoje, mas são mais rudimentares do que as exigências atuais das pessoas. São verdades bastante elementares que as pessoas encontram na sua crença em Deus. Desde o tempo em que o Senhor Jesus começou a operar, Ele já estava começando a operar no caráter de vida dos humanos, mas isso se baseava no fundamento das leis. As regras e os ensinamentos sobre esses tópicos tinham algo a ver com a verdade? Claro que sim! Todas os regulamentos, princípios e sermões anteriores na Era da Graça eram relacionados com o caráter de Deus e ao que Ele tem e é, e também, é claro, à verdade. Não importa o que Deus expresse, de que maneira Ele o expresse, ou usando que tipo de linguagem, seu fundamento, sua origem e seu ponto de partida são todos baseados nos princípios do Seu caráter e no que Ele tem e é. Nisso não há erro. Assim, embora hoje em dia essas coisas que Ele disse pareçam um pouco superficiais, você ainda não poderia dizer que elas não são a verdade, porque eram coisas indispensáveis para as pessoas na Era da Graça a fim de satisfazer a vontade de Deus e alcançar uma mudança em seu caráter de vida. Você pode dizer que alguma coisa nesse sermão não está alinhada com a verdade? Não, não pode! Cada uma delas é a verdade porque todas eram requisitos de Deus para a humanidade; todas eram princípios e um escopo dado por Deus sobre como se conduzir e representam o caráter de Deus. No entanto, com base no nível de seu crescimento na vida daquele tempo, o homem só foi capaz de aceitar e compreender essas coisas. Como o pecado da humanidade ainda não havia sido resolvido, o Senhor Jesus só poderia emitir essas palavras, e Ele só poderia utilizar tais ensinamentos simples dentro desse tipo de escopo para dizer às pessoas daquele tempo como elas deviam agir, o que deviam fazer, dentro de que princípios e escopo deviam fazer as coisas, e como eles deviam acreditar em Deus e atender às Suas exigências. Tudo isso foi determinado com base na estatura da humanidade naquela época. Não foi fácil para as pessoas que viviam sob a lei aceitar esses ensinamentos, então o que o Senhor Jesus ensinou teve que permanecer dentro desse escopo.

Vamos agora examinar o que está em “As Parábolas do Senhor Jesus”.

A primeira é a parábola do semeador. É uma parábola realmente interessante; semear é um acontecimento comum na vida das pessoas. A segunda é a parábola do joio e do trigo. Quanto a o que é o joio, qualquer um que já fez plantio e colheita e os adultos saberão. A terceira é a parábola do grão de mostarda. Todos vocês sabem o que é mostarda, certo? Se não sabem, podem dar uma olhada na Bíblia. Para a quarta, a parábola do fermento, a maioria das pessoas sabe que o fermento é usado para fermentação; é algo que as pessoas usam na sua vida diária. Todas as parábolas abaixo, incluindo a sexta, a parábola do tesouro, a sétima, a parábola da pérola e a oitava, a parábola da rede, são extraídas da vida das pessoas; todas vêm da vida real das pessoas. Que tipo de imagem essas parábolas pintam? É uma imagem de Deus se tornando uma pessoa normal e vivendo lado a lado com a humanidade, usando a linguagem de uma vida normal, usando a linguagem humana para Se comunicar com os seres humanos e fornecer-lhes aquilo de que eles necessitam. Quando Deus Se tornou carne e viveu entre a humanidade por longo tempo, depois de ter experimentado e testemunhado diversos estilos de vida das pessoas, essas experiências se tornaram o Seu manual para transformar a Sua linguagem divina em linguagem humana. Naturalmente, essas coisas que Ele viu e ouviu na vida também enriqueceram a experiência humana do Filho homem. Quando Ele queria que as pessoas entendessem algumas verdades, que eles entendessem um pouco da vontade de Deus, Ele podia usar parábolas semelhantes às citadas acima para contar às pessoas sobre a vontade de Deus e Suas exigências para com a humanidade. Todas essas parábolas eram relacionadas à vida das pessoas; não havia uma única que estivesse fora de contato com a vida humana. Quando o Senhor Jesus viveu com a humanidade, Ele via lavradores cuidando dos seus campos, Ele sabia o que era o joio e o que era o fermento; Ele compreendia que os seres humanos gostam de tesouros, então usou as metáforas do tesouro e da pérola; Ele via com frequência pescadores lançando suas redes; e assim por diante. O Senhor Jesus via essas atividades na vida humana, e também experimentava esse tipo de vida. Ele era o mesmo que qualquer outra pessoa normal, vivenciando as três refeições diárias e a rotina diária dos humanos. Ele experimentou pessoalmente a vida de uma pessoa comum e testemunhou a vida dos outros. Quando Ele testemunhou e experimentou pessoalmente tudo isso, o que Ele pensava não era como ter uma boa vida ou como Ele poderia viver com mais liberdade, mais conforto. Quando Ele estava experimentando uma vida humana autêntica, o Senhor Jesus via a dificuldade na vida das pessoas, via a dureza, a miséria e a tristeza das pessoas sob a corrupção de Satanás, vivendo sob o império de Satanás, e vivendo em pecado. Enquanto Ele vivenciava pessoalmente a vida humana, Ele também experimentava o quanto as pessoas eram desamparadas, vivendo em meio à corrupção, e Ele via e vivenciava o sofrimento dos que viviam em pecado, que estavam perdidos na tortura por Satanás, pelo mal. Quando o Senhor Jesus via essas coisas, Ele as via com Sua divindade ou com Sua humanidade? A Sua humanidade realmente existia — estava bem viva — Ele podia experimentar e ver tudo isso, e é claro que Ele também via isso na Sua essência, na Sua divindade. Isto é, o Próprio Cristo, o Senhor Jesus, o homem, viu isso, e tudo o que viu fez com que Ele sentisse a importância e a necessidade da obra que Ele havia realizado na carne nessa época. Embora Ele Mesmo soubesse que a responsabilidade que Ele precisava assumir na carne era tão imensa e quão cruel seria a dor que Ele haveria de enfrentar, quando Ele viu a humanidade impotente no pecado, quando Ele viu a desgraça da vida dela e suas débeis lutas sob a lei, Ele sentiu mais e mais pesar e ficou cada vez mais ansioso para salvar a humanidade do pecado. Não importa que tipo de dificuldades Ele haveria de enfrentar ou que tipo de dor Ele haveria de sofrer, Ele Se tornou cada vez mais decidido a redimir a humanidade vivendo em pecado. Durante este processo, se poderia dizer que o Senhor Jesus começou a entender cada vez mais claramente a obra que Ele precisava fazer e o que Lhe tinha sido confiado. Ele também Se tornou cada vez mais ansioso para completar a obra que deveria assumir, assumir todos os pecados da humanidade, expiar a humanidade de forma que eles não mais vivessem em pecado e que Deus seria capaz de esquecer os pecados do homem devido a esse oferecimento em troca do pecado, permitindo-Lhe continuar Sua obra de salvar a humanidade. Pode-se dizer que, no coração do Senhor Jesus, Ele estava disposto a Se oferecer pela humanidade, a Se sacrificar. Ele também estava disposto a agir como uma oferta pelo pecado, a ser pregado na cruz, e estava ansioso para concluir essa obra. Quando Ele viu as condições miseráveis da vida humana, Ele desejou ainda mais cumprir a Sua missão o mais rápido possível, sem atrasar nem um só minuto ou segundo. Quando Ele teve esse sentimento de urgência, Ele não estava pensando em quão grande seria Sua própria dor, nem pensou mais em quanta humilhação Ele teria que suportar — Ele mantinha apenas uma convicção no Seu coração: contanto que Ele Se oferecesse, contanto que fosse pregado na cruz como oferecimento em troca do pecado, a vontade de Deus seria cumprida e Ele poderia começar uma nova obra. A vida da humanidade em pecado, o estado de existir em pecado seria completamente mudado. Sua convicção e o que Ele estava decidido a fazer se relacionavam à salvação do homem, e Ele tinha apenas um objetivo: fazer a vontade de Deus, de modo que pudesse começar com sucesso o próximo estágio na Sua obra. É isso que estava na mente do Senhor Jesus na época.

Vivendo na carne, o Deus encarnado possuía uma humanidade normal; Ele tinha as emoções e o raciocínio de uma pessoa normal. Ele sabia o que era a felicidade, o que era a dor, e quando viu a humanidade nesse tipo de vida, sentiu profundamente que apenas dar às pessoas alguns ensinamentos, fornecer-lhes algo ou ensinar-lhes algo não poderia tirá-los do pecado. Tampouco fazê-los obedecer aos mandamentos poderia redimi-los do pecado — somente quando Ele assumisse o pecado da humanidade e Se tornasse semelhante à carne pecaminosa Ele poderia oferecê-la em troca da liberdade da humanidade, e oferecê-la em troca do perdão de Deus para a humanidade. Assim, depois que o Senhor Jesus experimentou e testemunhou a vida dos homens em pecado, houve um desejo intenso que se manifestou em Seu coração — permitir que os humanos se livrassem de sua vida de luta contra o pecado. Esse desejo fez com que Ele sentisse cada vez mais que precisava ir para a cruz e assumir os pecados da humanidade o quanto antes, o mais rápido possível. Esses eram os pensamentos do Senhor Jesus naquele tempo, depois de ter vivido com pessoas, vendo, ouvindo e sentindo a miséria da vida deles em pecado. Que o Deus encarnado pudesse ter esse tipo de vontade para com a humanidade, que Ele pudesse expressar e revelar esse tipo de caráter — será isso algo que uma pessoa comum poderia ter? O que uma pessoa comum veria se vivesse nesse tipo de ambiente? O que ela pensaria? Se uma pessoa comum enfrentasse tudo isso, ela encararia os problemas de uma perspectiva elevada? Não, sem dúvida! Embora a aparência do Deus encarnado seja exatamente a mesma que a de um humano, embora Ele aprenda o conhecimento humano e fale a linguagem humana, e às vezes até expresse as Suas ideias através dos meios ou expressões da humanidade, a maneira como Ele vê os humanos, a essência das coisas e a maneira como as pessoas corruptas veem a humanidade e a essência das coisas não são iguais, em absoluto. A perspectiva Dele e a altura em que Ele Se encontra é algo inatingível para uma pessoa corrupta. O motivo disso é que Deus é a verdade, a carne que Ele usa também possui a essência de Deus, e os Seus pensamentos e aquilo que é expresso pela Sua humanidade também são a verdade. Para as pessoas corruptas, o que Ele expressa na carne são provisões da verdade, e da vida. Essas provisões não são apenas para uma pessoa, mas para toda a humanidade. Para qualquer pessoa corrupta, no seu coração só existem algumas poucas pessoas associadas a ela. Só existem aquelas poucas pessoas a quem ela dá importância, com quem se preocupa. Quando há um desastre no horizonte, ele pensa primeiro nos seus próprios filhos, no seu cônjuge ou em seus pais, e uma pessoa mais filantrópica pensaria, no máximo, em algum parente ou num bom amigo; será que ele pensa em mais alguém? Nunca! Porque os seres humanos são, afinal, humanos, e eles só conseguem olhar para tudo a partir da perspectiva de uma pessoa e da altura de uma pessoa. No entanto, o Deus encarnado é completamente diferente de uma pessoa corrupta. Não importa quão comum, quão normal, quão humilde seja a carne encarnada de Deus, ou mesmo o quanto as pessoas O desprezem, Seus pensamentos e Sua atitude para com a humanidade são coisas que nenhum homem poderia possuir, e nenhum homem poderia imitar. Ele sempre observará a humanidade da perspectiva da divindade, da altura da Sua posição como o Criador. Ele sempre verá a humanidade através da essência e da mentalidade de Deus. Ele não pode ver a humanidade, em absoluto, a partir da altura de uma pessoa comum e da perspectiva de uma pessoa corrupta. Quando as pessoas olham para a humanidade, elas olham com a visão humana e usam coisas como os conhecimentos humanos e as regras e teorias humanas como medida. Isso está dentro do escopo do que as pessoas podem ver com seus próprios olhos; está dentro do escopo que as pessoas corruptas podem alcançar. Quando Deus olha para a humanidade, Ele olha com visão divina e usa Sua essência e o que Ele tem e é como medida. Este escopo inclui coisas que as pessoas não podem ver, e é aí que o Deus encarnado e os humanos corruptos são completamente diferentes. Essa diferença é determinada pelas essências diferentes dos seres humanos e de Deus, e são essas essências diferentes que determinam suas respectivas identidades e posições, bem como a perspectiva e a altura a partir das quais eles veem as coisas. Vocês percebem a expressão e a revelação do Próprio Deus no Senhor Jesus? Vocês poderiam dizer que aquilo que o Senhor Jesus fez e disse estava relacionado com o Seu ministério e com a obra de gerenciamento de Deus, que tudo isso era a expressão e a revelação da essência de Deus. Embora Ele tivesse uma manifestação humana, a Sua essência divina e a revelação da Sua divindade não podem ser negadas. Essa manifestação humana foi verdadeiramente uma manifestação da humanidade? A Sua manifestação humana foi, por sua própria essência, completamente diferente da manifestação humana das pessoas corruptas. O Senhor Jesus era Deus encarnado, e se Ele tivesse sido verdadeiramente uma das pessoas comuns, corruptas, Ele poderia ter visto a vida da humanidade em pecado a partir de uma perspectiva divina? Não, em absoluto! Essa é a diferença entre o Filho do homem e as pessoas comuns. Todas as pessoas corruptas vivem em pecado, e quando alguém vê o pecado, não tem nenhum sentimento especial a respeito; continua igual, assim como um porco que vive na lama não se sente nada desconfortável, nem sujo — ele come bem e dorme bem. Se alguém limpar o chiqueiro, o porco não se sentirá à vontade, nem ficará limpo. Em pouco tempo estará novamente rolando na lama, totalmente confortável, porque ele é uma criatura imunda. Quando os humanos veem um porco, eles sentem que é sujo, e que se o limparem, o porco não se sentirá melhor — é por isso que ninguém cria um porco dentro de casa. A maneira como os humanos veem os porcos sempre será diferente de como os porcos se sentem, porque humanos e porcos não são da mesma espécie. E como o Filho do homem encarnado não é da mesma espécie que os humanos corruptos, apenas o Deus encarnado pode Se postar em uma perspectiva divina, e Se postar da altura de Deus para ver a humanidade, para ver tudo.

Quando Deus Se torna carne e passa a viver entre a humanidade, que sofrimento Ele experimenta na carne? Será que alguém realmente entende? Alguns dizem que Deus sofre muito, e embora Ele seja o Próprio Deus, as pessoas não compreendem a Sua essência e sempre O tratam como uma pessoa, o que faz com que Ele Se sinta ofendido e injustiçado — elas dizem que o sofrimento de Deus é verdadeiramente grande. Outros dizem que Deus é inocente e sem pecado, mas sofre o mesmo que a humanidade e sofre perseguição, difamação e indignidades juntamente com a humanidade; dizem que Ele também suporta os mal-entendidos e a desobediência dos Seus seguidores — o sofrimento de Deus não pode ser medido. Parece que vocês não compreendem verdadeiramente a Deus. De fato, esse sofrimento de que vocês falam não conta como verdadeiro sofrimento para Deus, porque existe um sofrimento maior que esse. Assim, qual é o verdadeiro sofrimento para o Próprio Deus? O que é o verdadeiro sofrimento para a carne encarnada de Deus? Para Deus, o fato de que a humanidade não O compreende não conta como sofrimento, e o fato de que as pessoas compreendam mal a Deus e não O vejam como Deus não contam como sofrimento. No entanto, as pessoas costumam achar que Deus deve ter sofrido uma grande injustiça, que o tempo em que Deus viveu na carne Ele não pode mostrar Sua pessoa à humanidade e permitir que ela visse a Sua grandeza e Deus estava Se escondendo humildemente em uma carne insignificante, portanto isso deve ter sido um tormento para Ele. As pessoas levam a sério o que elas conseguem compreender e o que elas conseguem ver do sofrimento de Deus, e impõem todo tipo de simpatia a Deus e muitas vezes até lhe oferecem um pequeno elogio por isso. Na realidade, há uma diferença, há uma distância entre o que as pessoas compreendem do sofrimento de Deus e o que Ele realmente sente. Estou dizendo a verdade a vocês — para Deus, quer seja o Espírito de Deus ou a carne encarnada de Deus, esse sofrimento não é um sofrimento verdadeiro. Então o que é que Deus realmente sofre? Vamos falar sobre o sofrimento de Deus apenas da perspectiva de Deus encarnado.

Quando Deus Se torna carne, tornando-Se uma pessoa comum e normal, vivendo entre a humanidade, lado a lado com as pessoas, Ele não pode ver e sentir os métodos, as leis e as filosofias de vida das pessoas? Como esses métodos e leis para viver O fazem sentir? Ele sente abominação em Seu coração? Por que Ele sentiria abominação? Quais são os métodos e leis da humanidade para viver? Em que princípios eles estão enraizados? Em que eles se baseiam? Os métodos, leis etc. da humanidade para viver — tudo isso é criado com base na lógica, nos conhecimentos e na filosofia de Satanás. Os humanos que vivem sob esses tipos de leis não têm humanidade, nem verdade — todos eles desafiam a verdade e são hostis a Deus. Se examinarmos a essência de Deus, vemos que Sua essência é exatamente o oposto da lógica, do conhecimento e da filosofia de Satanás. Sua essência é plena de retidão, verdade e santidade e outras realidades de todas as coisas positivas. Deus, possuindo essa essência e vivendo entre uma humanidade assim — o que Ele sente em Seu coração? Não está cheio de dor? O Seu coração sente dor, e essa dor é algo que ninguém pode compreender ou perceber. Porque tudo que Ele enfrenta, encontra, ouve, vê e experimenta é a corrupção e o mal da humanidade e a rebelião contra a verdade e resistência a ela. Tudo o que vem dos humanos é a fonte do Seu sofrimento. Isto é, porque a Sua essência não é a mesma que a dos humanos corruptos, a corrupção dos humanos se torna a fonte do Seu maior sofrimento. Quando Deus Se torna carne, Ele é capaz de encontrar alguém que compartilhe uma linguagem em comum com Ele? Isso não pode ser encontrado entre a humanidade. Não se pode encontrar ninguém capaz de se comunicar, de ter esse intercâmbio com Deus — que tipo de sentimento você diria que Deus tem? As coisas que as pessoas discutem, que elas amam, que elas buscam e desejam, tudo têm a ver com o pecado, com tendências malignas. Quando Deus enfrenta tudo isso, não é como uma faca no Seu coração? Diante dessas coisas, poderia Ele ter alegria em Seu coração? Poderia Ele encontrar consolo? Os que estão convivendo com Ele são humanos cheios de rebeldia e maldade — como poderia Seu coração não sofrer? Quão grande é realmente esse sofrimento, e quem se importa com isso? Quem dá atenção? E quem poderia apreciá-lo? As pessoas não têm como entender o coração de Deus. O Seu sofrimento é algo que as pessoas são especialmente incapazes de apreciar, e a frieza e insensibilidade da humanidade tornam o sofrimento de Deus ainda mais profundo.

Há algumas pessoas que muitas vezes simpatizam com a situação ruim de Cristo porque há um versículo na Bíblia que diz: “As raposas têm covis, e as aves têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. Quando as pessoas ouvem isso, levam isso a sério e acreditam que esse é o maior sofrimento que Deus suporta e o maior sofrimento que Cristo suporta. Agora, vendo isso da perspectiva dos fatos, será mesmo esse o caso? Deus não acredita que essas dificuldades sejam sofrimento. Ele nunca clamou contra a injustiça pelas dificuldades da carne, e nunca fez os humanos retribuírem ou recompensá-Lo com nada. No entanto, quando Ele testemunha tudo que há na humanidade, a vida corrupta e o mal dos humanos corruptos, quando Ele testemunha que a humanidade está nas garras de Satanás e aprisionada por Satanás e não pode escapar, que as pessoas que vivem em pecado não sabem o que é a verdade — Ele não pode suportar todos esses pecados. Sua abominação aos humanos aumenta a cada dia, mas Ele tem que suportar tudo isso. Esse é o grande sofrimento de Deus. Deus não pode expressar plenamente nem mesmo a voz do Seu coração nem as Suas emoções entre Seus seguidores, e nenhum dos Seus seguidores pode compreender verdadeiramente o Seu sofrimento. Ninguém sequer tenta entender ou consolar o Seu coração — Seu coração suporta esse sofrimento dia após dia, ano após ano, vezes e mais vezes. O que vocês veem em tudo isso? Deus não exige nada dos humanos em troca daquilo que Ele deu, mas por causa da essência de Deus, Ele não pode tolerar, em absoluto, o mal, a corrupção e o pecado da humanidade, mas sente extrema abominação e ódio, o que faz o coração de Deus e a Sua carne suportarem um sofrimento sem fim. Vocês puderam ver tudo isso? O mais provável é que nenhum de vocês pôde ver isso, pois nenhum de vocês consegue entender verdadeiramente a Deus. Com o tempo, vocês mesmos poderão experimentar isso, gradualmente.

de “A Palavra manifesta em carne”

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