22 Jan

Sua obra e entrada são bastante fracas; o homem não dá importância à obra e é ainda mais descuidado com a entrada. O homem não considera essas como lições em que deve entrar; portanto, em sua experiência espiritual, praticamente tudo que o homem vê são castelos no céu. Não se exige muito de vocês em termos de sua experiência em obras, mas, como pessoas a serem aperfeiçoadas por Deus, vocês devem aprender a trabalhar para Deus para que logo possam seguir o coração de Deus. Ao longo das eras, aqueles que fizeram obras foram denominados de trabalhadores ou apóstolos, e isso se refere a um pequeno número de pessoas utilizadas por Deus. Contudo, a obra de que falo hoje não se refere apenas àqueles trabalhadores ou apóstolos; ela é dirigida para todos aqueles que são aperfeiçoados por Deus. Talvez existam muitos que tenham pouco interesse nisso, mas, para o bem da entrada, seria melhor discutir esta verdade.

Quando se fala de obra, o homem acredita que a obra é correr para lá e para cá para Deus, pregar em todos os lugares e gastar por Deus. Embora esta crença esteja correta, ela é unilateral demais; o que Deus pede ao homem não é apenas que se faça a jornada para lá e para cá para Deus; é mais ministério e o suprimento dentro do espírito. Muitos irmãos nunca pensaram em trabalhar para Deus, mesmo depois de tantos anos de experiência, pois a obra concebida pelo homem é incongruente com a que é pedida por Deus. Portanto, o homem não tem interesse algum na questão da obra, e essa é precisamente a razão pela qual a entrada do homem é também bastante unilateral. Todos vocês devem começar a entrar ao trabalhar para Deus, para que possam vivenciar melhor todos os seus aspectos. É nisso que vocês devem entrar. A obra não se refere a correr para lá e para cá por Deus; refere-se a se a vida do homem e o que o homem vive são para o deleite de Deus. A obra se refere ao homem utilizar a fidelidade que tem a Deus e o conhecimento que tem de Deus para testemunhar a Deus e ministrar ao homem. Esta é a responsabilidade do homem, e o que todo homem deve realizar. Em outras palavras, sua entrada é sua obra; vocês estão procurando entrar durante o curso de sua obra para Deus. Vivenciar Deus não é apenas poder comer e beber de Sua palavra; mais importante do que isso, vocês devem ser capazes de testemunhar a Deus, de servir a Deus e de ministrar para e suprir o homem. Essa é a obra e também sua entrada; é isso que todo homem deve realizar. Há muitos que focam apenas em viajar para lá e para cá para Deus e em pregar em todos os lugares, mas ignoram sua experiência pessoal e negligenciam sua entrada na vida espiritual. É isso que faz com que aqueles que servem a Deus se tornem aqueles que resistem a Deus. Há tantos anos, aqueles que servem a Deus e ministram ao homem só consideram trabalhar e pregar como entrada; nenhum considerou sua própria experiência espiritual como uma entrada importante. Em vez disso, capitalizam sobre a iluminação da obra do Espírito Santo para ensinar outros. Quando pregam, estão muito sobrecarregados e recebem a obra do Espírito Santo e, por meio disso, liberam a voz do Espírito Santo. Naquele momento, aqueles que trabalham se sentem presunçosos e auto-satisfeitos, como se a obra do Espírito Santo fosse sua própria experiência espiritual; acham que todas as palavras que proferem durante aquele momento são seu próprio ser, e sentem que sua própria experiência não é tão clara como descreveram. Além disso, eles não têm a menor ideia do que dizer antes de falar, mas quando o Espírito Santo opera neles, têm um fluxo incessante e contínuo de palavras. Depois de ter pregado uma vez dessa maneira, você sente que sua estatura atual não é tão pequena como acreditava ser. Depois de o Espírito Santo operar de forma similar em você várias vezes, você então determina que já tem estatura e acredita erroneamente que a obra do Espírito Santo é sua própria entrada e seu próprio ser. Quando você tem esta experiência constantemente, sente-se relaxado a respeito de sua própria entrada. Você então se torna preguiçoso sem perceber, e não dá importância à sua própria entrada. Portanto, quando você ministra aos outros, deve distinguir claramente entre sua estatura e a obra do Espírito Santo. Isso facilitará sua obra e melhorará sua experiência. O homem considerar a obra do Espírito Santo como sua própria experiência é o início da degeneração do homem. Assim, qualquer que seja o dever que vocês cumprem, devem considerar sua entrada como uma lição fundamental.

A pessoa trabalha para cumprir a vontade de Deus, para trazer todos aqueles que são segundo o coração de Deus diante Dele, para levar o homem a Deus e para apresentar a obra do Espírito Santo e a orientação de Deus ao homem, aperfeiçoando, assim, os frutos da obra de Deus. Por este motivo, é imperativo que vocês compreendam a substância da obra. Como alguém utilizado por Deus, todos os homens são dignos de trabalhar para Deus, isto é, todos têm a oportunidade de serem utilizados pelo Espírito Santo. No entanto, há uma coisa que vocês devem perceber: quando o homem faz a obra de Deus, o homem tem a oportunidade de ser utilizado por Deus, mas o que é dito e conhecido pelo homem não é inteiramente a estatura do homem. Vocês só podem conhecer melhor suas deficiências em sua obra e receber uma iluminação maior do Espírito Santo, permitindo, assim, que obtenham entrada melhor em sua obra. Se o homem considera a orientação de Deus como a entrada do próprio homem e o que é inerente dentro do homem, não há potencial para o crescimento da estatura do homem. O Espírito Santo ilumina o homem quando ele está em um estado normal; nesses momentos, o homem frequentemente confunde a iluminação que recebe como sua própria estatura na realidade, pois o Espírito Santo ilumina de uma forma mais normal: ao fazer uso do que é inerente dentro do homem. Quando o homem trabalha e fala, ou durante a oração do homem em suas devoções espirituais, uma verdade de repente fica clara para ele. Na realidade, porém, o que o homem vê é apenas a iluminação pelo Espírito Santo (naturalmente, isto está relacionado à cooperação do homem) e não a verdadeira estatura do homem. Depois de um período de experiência em que o homem se depara com inúmeras dificuldades reais, a verdadeira estatura do homem é evidenciada sob tais circunstâncias. Somente naquele momento o homem descobre que a estatura do homem não é tão grande, e o egoísmo, as considerações pessoais e a ganância do homem emergem. Somente depois de vários ciclos dessa experiência muitos daqueles que estão despertos dentro de seus espíritos percebem que ela não era sua própria realidade no passado, mas uma iluminação momentânea do Espírito Santo, e o homem apenas recebeu a luz. Quando o Espírito Santo ilumina o homem para ele compreender a verdade, muitas vezes isso ocorre de maneira clara e distinta, sem contexto. Isto é, Ele não incorpora as dificuldades do homem nessa revelação, mas sim revela a verdade diretamente. Quando o homem encontra dificuldades na entrada, ele então incorpora a iluminação do Espírito Santo, e isso se torna a experiência real do homem. Por exemplo, uma irmã solteira fala assim durante a comunhão: “Não buscamos glória e riquezas, nem cobiçamos a felicidade de um amor entre marido e mulher; procuramos apenas dedicar um coração de pureza e singeleza a Deus”. E ela continua: “Uma vez que as pessoas se casam, há muito que as atormenta, e seus corações de amor por Deus não são mais genuínos. Seus corações estão sempre preocupados com seus familiares e seus cônjuges, e dessa forma seus corações se tornam muito mais complicados…”. Enquanto ela fala, é como se as palavras que profere fossem o que ela está pensando em seu coração; suas palavras são retumbantes e poderosas, como se tudo o que ela diz viesse do fundo de seu coração. Ela deseja poder se dedicar inteiramente a Deus e espera que irmãos semelhantes a ela compartilhem da mesma resolução. Pode-se dizer que sua resolução e sentimento de ser movido neste momento vêm inteiramente da obra do Espírito Santo. Quando o método da obra de Deus muda, você já envelheceu alguns anos; você vê que todos os seus colegas de classe e amigos da sua idade têm maridos, ou ouve dizer que depois de fulana se casar, seu cônjuge a levou para a cidade para morar e ela conseguiu um emprego lá. Quando você a vê, seu coração começa a ter inveja. Você vê que ela está cheia de charme e equilíbrio, da cabeça aos pés; quando ela fala, tem um porte cosmopolita e perdeu completamente o ar provinciano. Isso desperta sentimentos em você. Você, tendo gasto por Deus o tempo todo, não tem família ou carreira e suportou muito tratamento; há muito tempo, você entrou na meia-idade e sua juventude se se foi silenciosamente, como se você estivesse em um sonho. Você chegou até aqui, mas não sabe onde se estabelecer. É nesse momento que você está em um redemoinho de pensamento, como se estivesse fora de si. Sozinho e incapaz de dormir profundamente, achando difícil cair no sono durante a noite, você, antes de perceber, começa a pensar em sua resolução e em seus votos solenes a Deus. Por que essas circunstâncias aconteceram com você? Antes que perceba, lágrimas silenciosas caem e você fica muito magoado. Você vem diante de Deus para orar e começar a pensar na intimidade e na proximidade inseparável durante seus dias felizes com Deus. Cena após cena surgem diante de seus olhos, e o juramento que você fez naquele dia toca novamente seus ouvidos, “Deus não é meu único íntimo?” A essas alturas, você está chorando: “Deus! Amado Deus! Eu já Te dei meu coração por completo. Desejo ser prometido a Ti para sempre, e Te amarei imutavelmente por toda minha vida…” Apenas enquanto você luta nesse sofrimento extremo você realmente sente o quão adorável é Deus, e só então você percebe claramente: dei meu tudo para Deus há muito tempo. Depois de tal golpe, você se torna muito mais experiente nesse assunto e vê que, à época, a obra do Espírito Santo não é a posse do homem. Em suas experiências posteriores, você não está mais restrito a essa entrada; é como se suas cicatrizes tivessem beneficiado muito sua entrada. Sempre que você enfrentar tais circunstâncias, se lembrará imediatamente das suas lágrimas daquele dia, como se estivesse se reunindo com Deus. Você tem medo constante de romper novamente seu relacionamento com Deus e danificar o apego emocional (relacionamento normal) entre você e Deus. Essa é sua obra e sua entrada. Portanto, quando vocês recebem a obra do Espírito Santo devem se concentrar mais em sua entrada ao mesmo tempo, vendo exatamente qual é a obra do Espírito Santo e qual é sua entrada, bem como incorporar a obra do Espírito Santo em sua entrada, de modo que vocês possam ser mais bem aperfeiçoados por Ele e permitir que a substância da obra do Espírito Santo seja trabalhada em vocês. Durante o percurso de suas experiências da obra do Espírito Santo, vocês passam a conhecer o Espírito Santo, assim como a si mesmos e, em meio aos inúmeros casos de sofrimento extremo, desenvolvem um relacionamento normal com Deus, e o relacionamento entre vocês e Deus fica mais próximo a cada dia. Depois de incontáveis instâncias de poda e refinamento, vocês desenvolvem um amor verdadeiro por Deus. É por isso que vocês devem perceber que o sofrimento, os golpes e as tribulações não são assustadores; o que é assustador é ter apenas a obra do Espírito Santo, mas não suas entradas. Quando chegar o dia em que a obra de Deus estiver concluída, vocês terão laborado por nada; embora vocês tenham vivenciado a obra de Deus, não terão conhecido o Espírito Santo ou tido suas próprias entradas. A iluminação do homem pelo Espírito Santo não é para sustentar a paixão do homem; é para abrir uma saída para a entrada do homem, bem como para permitir que o homem conheça o Espírito Santo e, a partir disso, desenvolva um coração de reverência e adoração por Deus.

Fonte: Igreja de Deus Todo-Poderoso

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